sábado, 27 de setembro de 2008

Revolta - Porquê?! Porquê não desisto? Porquê manter esta esperança?!

Vergo-me sobre comportamentos
Que não sei controlar
Sinto-me tão diferente
Sinto-me num mundo à parte
Se sou várias vidas
Se tiver a oportunidade de escolher
De voltar ou não ao mundo
Não quero cá voltar!
Não quero fazer parte
Dum mundo
Cujos códigos não percebo
São contraditórios
Os meus sonhos
Com o que na realidade acontece
Não quero sentir
Quero deambular apenas
Quero vaguear
Quero conhecer apenas
Preparei-me para realidades inexistentes
Quero apenas pertencer à liberdade de ser
Quero flutuar
Me sentir segura
Sentindo o meu ser
Cujas aprendizagens vou desvendando
Não quero amar
Não quero ser amada
Só quero ser livre!
Livre para ser o que quero
Á hora que quero
As pessoas têm as suas vidas
E nunca me amaram
Como nos meus sonhos
Quero ser como as folhas
O vento as faz mover-se
O sol as aquece
E elas apenas vivem
Sem querer mais
Serem belas pelo que são
Não sentindo dor nem medo
Apenas ser
É assim que a vida é aqui na terra
Não posso amar livremente
Porque à sempre mais e mais obstáculos
Quero ser somente e apenas livre
Gostar de mim
E em momentos gostar dos outros
Não quero sofrer mais
Não ser de ninguém
Nem pertencer a ninguém
Apenas existir e ser
Adélia Abreu

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