sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Meus olhos

Espelho duma vida

Como é sofrida parece longa

Passei por dores

Físicas e consequentemente também psicológicas

Devido a conflitos do meu corpo

Em sobreviver a tormentas rebeldias doentias

Passando por diversas dificuldades

Por vezes era tão difícil

Estar sentada, estar deitada, estar de pé

Cada movimento era doloroso

Lembro-me

Acordei de noite

E nem as cobertas suportava

Andar custava

As pessoas não compreendem

Uns dias ser capaz

E outros não o ser

Não compreendia meu corpo

Não exponha dúvidas

Tudo era alarmante e confuso

Se me encontrava numa posição

Ao sair dela meu corpo estava rígido

Ate parecia q eu era tipo barro

O passar do tempo me enrijecia à suposta moldura

Apetecia gritar

Mas não adiantava

Tudo continuaria na mesma

E poderia alarmar ainda mais as pessoas

E elas tb não estavam prontas para me ouvir

Fiquei no silêncio e no sufoco

E sem lágrimas…


Adélia Abreu

Sem comentários:

Enviar um comentário