Há um provérbio que diz: «Quanto mais conheço os homens, mais gosto dos cães.»
Pessoalmente, partilho um pouco desta ideia... E talvez Manuel Alegre a partilhe também. Diz o próprio acerca de Kurika, o protagonista do seu livro: «Não era um cão como os outros. Era um cão rebelde, caprichoso, desobediente, mas um de nós, o nosso cão, ou mais que o nosso cão, um cão que não queria ser cão e era cão como nós.»
O livro lê-se de um fôlego, são pequenas estórias acerca das relações que se establecem entre as pessoas, entre as pessoas e o cão e entre o cão e as pessoas. Quem tem ou teve cães vai reconhecer as alegrias, as tristezas, os risos e o nó na garganta, quando aquelas patadas, que nos eram tão familiares e reconfortantes, já só se ouvem na nossa cabeça e no nosso coração.
Este livro é uma homenagem a um cão e a todos os cães. Porque é, muitas vezes com um cão, com o nosso cão, que podemos ser quem somos, sem subterfúgios nem hipócrisias. E porque o luto, quando perdemos um amigo é tão doloroso como o luto de outro amor qualquer.
«Às vezes eu dizia-lhe aquele fabuloso verso de Camilo Pessanha: "Só incessante um som de flauta chora".
E ele arrebitava as orelhas.Tenho a certeza que estava a ouvir a flauta.» (Manuel Alegre)
Pessoalmente, partilho um pouco desta ideia... E talvez Manuel Alegre a partilhe também. Diz o próprio acerca de Kurika, o protagonista do seu livro: «Não era um cão como os outros. Era um cão rebelde, caprichoso, desobediente, mas um de nós, o nosso cão, ou mais que o nosso cão, um cão que não queria ser cão e era cão como nós.»
O livro lê-se de um fôlego, são pequenas estórias acerca das relações que se establecem entre as pessoas, entre as pessoas e o cão e entre o cão e as pessoas. Quem tem ou teve cães vai reconhecer as alegrias, as tristezas, os risos e o nó na garganta, quando aquelas patadas, que nos eram tão familiares e reconfortantes, já só se ouvem na nossa cabeça e no nosso coração.
Este livro é uma homenagem a um cão e a todos os cães. Porque é, muitas vezes com um cão, com o nosso cão, que podemos ser quem somos, sem subterfúgios nem hipócrisias. E porque o luto, quando perdemos um amigo é tão doloroso como o luto de outro amor qualquer.
«Às vezes eu dizia-lhe aquele fabuloso verso de Camilo Pessanha: "Só incessante um som de flauta chora".
E ele arrebitava as orelhas.Tenho a certeza que estava a ouvir a flauta.» (Manuel Alegre)
Liliana Pacheco, 2005
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