quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Vida como jardim

A sensação de perda ou ausência
Destrói o que outrora era beleza e esperança
O espírito fica desprovido de sentido
As emoções confundem-se
E tudo não passa dum emaranhado de delírios
A queda dá a sensação de ser longa
Mas aos poucos vamos plantando
Pequenas sementes
Como num jardim que fora destruído
Essas sementes
Com o tempo
Se forem regadas sempre que necessário
Irão desabruxar
E mais tarde
Teremos de novo
Um lindo jardim
Diferente
Mas igualmente belo

Todos os dias
É como que missão
Que nossas sementes devem ser lançadas à terra
Mesmo que estejamos desanimados
Porque o que hoje é uma pequena semente
Amanha será uma linda flor

Adélia Abreu

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