sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Sozinha sempre…

Necessidade brutal de justiça e de sentimentos em busca de paz

Busca do meu ser pelo caminho da certeza

Pura ilusão!

Sempre me resguardou a incerteza

Tornando-me medrosa

Sou uma aprendiz…

Quem me dera chegar ao meu ser verdadeiro sem enganos

Há muito tempo que me afastei dele

Porque não percebia o que eu queria

O que quero está demasiado longe de mim

Mas aprendi a remar contra mares contraditórias

Aprendi? Será? Não… Ainda não lá cheguei…

Não consigo ter confiança…

Preguiça… Cansaço…

Ouvir custa, sentir custa, falar custa…

Não consigo olhar para o meu mundo

Aqui ou ali o cansaço já tomou conta de mim

Destruindo o que outrora era força

Sonhos, medo da irrealidade

É tão mau as pessoas pensarem que enlouqueci…

Atinjo a incapacidade do sentido eloquente

Tenho medo…

Da minha visão

Haverá alguém lá ao fim do túnel?

Custa-me acreditar porque pode não ser verdade…

Cansei-me de lutar por algo que nunca vejo

Amanhã talvez voltarei a ter forças

Vou recupera-las sempre?

É acreditando nelas que elas voltam?

Não há ninguém aqui que me saiba iluminar

As minhas incertezas saem do ritual normal

Se eu sou pobre revolto-me por o ser

Se fosse rica sentiria o mesmo

Revolto-me por ser e por não ser

Não há nada mais confuso…

Talvez se eu não comparar,

Talvez se eu não duvidar do que sou….

Tudo volte à normalidade…

Tenho necessidade de me afirmar por forças que não se vêm

Tenho necessidade não só de me encaminhar mas também de encaminhar os outros…

Se eu não trilhei o lado bom da vida como vou encaminhar os outros?

O que penso resultará mesmo?


Adélia Abreu

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