Necessidade brutal de justiça e de sentimentos em busca de paz
Busca do meu ser pelo caminho da certeza
Pura ilusão!
Sempre me resguardou a incerteza
Tornando-me medrosa
Sou uma aprendiz…
Quem me dera chegar ao meu ser verdadeiro sem enganos
Há muito tempo que me afastei dele
Porque não percebia o que eu queria
O que quero está demasiado longe de mim
Mas aprendi a remar contra mares contraditórias
Aprendi? Será? Não… Ainda não lá cheguei…
Não consigo ter confiança…
Preguiça… Cansaço…
Ouvir custa, sentir custa, falar custa…
Não consigo olhar para o meu mundo
Aqui ou ali o cansaço já tomou conta de mim
Destruindo o que outrora era força
Sonhos, medo da irrealidade
É tão mau as pessoas pensarem que enlouqueci…
Atinjo a incapacidade do sentido eloquente
Tenho medo…
Da minha visão
Haverá alguém lá ao fim do túnel?
Custa-me acreditar porque pode não ser verdade…
Cansei-me de lutar por algo que nunca vejo
Amanhã talvez voltarei a ter forças
Vou recupera-las sempre?
É acreditando nelas que elas voltam?
Não há ninguém aqui que me saiba iluminar
As minhas incertezas saem do ritual normal
Se eu sou pobre revolto-me por o ser
Se fosse rica sentiria o mesmo
Revolto-me por ser e por não ser
Não há nada mais confuso…
Talvez se eu não comparar,
Talvez se eu não duvidar do que sou….
Tudo volte à normalidade…
Tenho necessidade de me afirmar por forças que não se vêm
Tenho necessidade não só de me encaminhar mas também de encaminhar os outros…
Se eu não trilhei o lado bom da vida como vou encaminhar os outros?
O que penso resultará mesmo?
Adélia Abreu
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