sábado, 27 de setembro de 2008

Imploro

Para q a luz volte a brilhar
Para q o q hoje me é doloroso vague
Q os tratamentos e cuidados cessem um pouco
Q a normalidade e vitalidade encantem,
Minha alma zangada e ferida
Um dia é uma picadela aqui
Outro dia é uma dor ali
Outro é um novo problema que começa
E eu canso-me e entristeço-me de nunca ter paz
Vejo as pessoas à minha volta
Que não são magodas assim pela vida
Sinto um pouco de inveja
Por não ser tão saudável
De não pertencer um pouco à naturalidade
De ser demasiado frágil
Preciso de um pouco mais de vida
E menos sacrifícios a cada esquina
À coisas que acho que nunca irei ser capaz de aceitar
Revolta-me viver no sacrifício
E ver pessoas estragarem sua saúde por caprichos
O lugar que ocupo nesta vida
Não é privilegiado
Enfrento incompreensões
Por ser frágil física e emocionalmente
Enfrento controlos, medos e cuidados excessivos sobre mim
Eu sei q sou capaz de ser independente
Detesto conflitos
Mas nestas coisas não à outro meio de me fazer entender
Principalmente quando à excesso de protecção e possessividade
A minha vida é só minha
Não preciso que me empurrem constantemente
Para o q acreditam ser o caminho correcto
Não gosto q meus gostos e vontades sejam sufocados e substituídos
Quero ser livre e estar em paz para caminhar e acreditar q posso, devo e consigo
A pessoas que podem e conseguem fazer mais pelos outros e por si próprias
Mas acomodam-se no conforto do seu dia a dia
E deixam sempre para amanha
O que hoje podia já ter sido iniciado…

Adélia Abreu

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